creio ser Agosto o mês dos foguetes. em todo o lado e a toda a hora lá se ouvem os falsos trovões a anunciar que há festa e a verdade é uma só: onde há foguetes há farturas e carrinhos de choque e venda ambulante de singles e LP's. ó, disparate, isso era dantes - agora é tudo corrido a CD e se só gostares de uma, paciência, é da maneira que ficas a conhecer - mesmo mesmo com conhecimento de ouvido - o resto. depois há procissões e romarias e fazem-se missas em alta voz que obrigam os demais a desejar o silêncio do fundo da voz dos pássaros ou do vento ou até dos carros a buzinar. Agosto não é só o mês dos foguetes afinal, também há os filhos que foram e voltam a estrangular a saudade. e para esses agora há-se ser uma alegria triste ver o pai fraco e em crise, maltratado. mas é como digo, uma alegria triste porque no meio dos foguetes e das farturas e dos carrinhos de choque e dos CD's e das missas o pai fica sentadinho a um canto. e ainda bem que assim é.
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