quem gosta de blogues, e de blogueres, não sei se existe esta palavra assim mas é assim que gosto, como eu - de bons blogues, reforço -, tudo tem significância. aliás, no mundo tudo é para ter significância com excepção do que excluímos de significado e aí, não existindo, nada significa. desde os autores aos conteúdos, cada blogue é um amigo (e agora é impossível não lembrar a canção: que devemos bem tratar...) ou, melhor, a casa de um ou mais amigos, que frequentamos e tantas vezes nos sentamos a conversar. também os há que, apesar de sofá na sala, nunca, ou poucas vezes, estão com pachorra para conversas - tantas vezes lançamos perguntas e nem sequer nos respondem: olham-nos mas ficam calados. talvez a vida não lhes corra ou tenham dores de garganta ou barriga ou de dentes, quem sabe, mas disso alguns padecem e assim hão-de morrer. a verdade é que ao mesmo tempo que fazem destas suas casas espaços de exposição e discussão de ideias também as não asseiam - deixam acumular lixo e nem sequer abrem as janelas. isto é curioso para quem deixa a porta aberta. adiante. mas o pormenor que mais me fascina é aquele do você, está a ver? se são visitas esporádicas, entende-se. se são amiúde, com chá e biscoitos e prosa, onde é que cabe a distância fria e merdosa do você? também é verdade que no sul há bem mais merdeiro do que merda em relação ao norte mas podíamos todos melhorar isso: os do norte a continuarem a ser excelentes hospitaleiros e os do sul a reduzirem a taxa de merdices pondo o olhinho no norte. parece me justo.
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