viva Portugal, por entre o Douro e as vinhas e a alegria da mesa com bacalhau e vinho e riso - a família -, é o início por ser o fim. explico: é esta mensagem de união e de alegria tosca de que somos feitos que interessa agarrar. está bem, o português é aquele a quem custa dizer não, honesto, trabalhador, um aguentador por natureza - mas por uma natureza simples, como se quer. Portugal é o fado na voz e na vida, lágrimas imprescindíveis; é a soltura das palavras bravas, genuínas; é o riso dos parentes, porque presentes; é a mesa farta, porque grata.
e é por isso que nós, portuguesezinhos, não podemos deixar que homens corruptos e sujos nos ofusquem o dentro - havemos de conseguir não deixar que Portugal deixe de ser aquilo muito mais do que isto: é ali, no fim do filme em fundo de Rodrigo Leão, que temos de ser e estar. e será essa a luta maior a travar - tornar intocável a nossa identidade, aquilo de que somos feitos, aquilo que nos faz - a todos - chorar e rir: aquilo que é sentir no peito o orgulho de ser português. não obstante a merda que o homem do poder fez.
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