domingo, 15 de setembro de 2013

quando até a dor dói

mais uma amiga, uma filha de Portugal, que se vai - não por escolha mas pela necessidade. é é esta pequena grande nuance, aquilo que é um acrescento e não uma necessidade, que determina o que é do que não é amor. não se vai para outro país por amor à geografia ou biologia das gentes quando foi cá que a árvore cresceu. podemos cortar-lhe os ramos, arrancar-lhe as folhas mas as raízes cá permanecem; é por necessidade que agarramos uma punhada de coragem e a metemos no bolso da saída sem retorno programado; não é amor a necessidade, ainda que involuntariamente voluntária, de abandono. 

é a saudade , a ideia do amor, que nos aproxima do amor. e dói. dói tanto que até a dor chora. e é esta a melhor mensagem que posso deixar a este governo: senhores, fizeram, estão a fazer, a dor chorar. 

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