quando eu morrer um dia
ou dois ou três
ou todos os dias
vejo-me sempre a viver
deixo-te o meu botão
encarnado e rosado
palpitante e louco
a descompasso de tu
tu tu tu tu tutututututututut tu tu
botão que entra e sai da casinha
delicadamente alinhavada
linha em ponto de ziguezague
branquinha e fininha
como só a casinha do botão pode ser
para o meu botão caber
casinha larga, largueza de ser
porque no meu botão saltitante
que o universo me deu
qual mãe qual pai
cabe lá ele todinho
é o botão de tu mais eu
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