sábado, 4 de junho de 2022

quando eu morrer um dia

ou dois ou três

ou todos os dias

vejo-me sempre a viver

deixo-te o meu botão

encarnado e rosado

palpitante e louco

a descompasso de tu

tu tu tu tu tutututututututut tu tu

botão que entra e sai da casinha

delicadamente alinhavada

linha em ponto de ziguezague

branquinha e fininha

como só a casinha do botão pode ser

para o meu botão caber

casinha larga, largueza de ser

porque no meu botão saltitante

que o universo me deu

qual mãe qual pai

cabe lá ele todinho

é o botão de tu mais eu

 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.