às vezes fico muito confusa. teria de ter tempo para ler todos os livros de uma acentada para cruzar tudo com os detalhes das vozes que inventa e da voz-mor que o sustenta. não tenho esse tempo. mas tenho a vontade de não desistir. essa vontade nasceu um dia e continua a nascer, é um mistério, talvez o desejo que também é o amor seja um mistério; tudo recomeçou assim anos depois - o braço de ferro entre ele que se fez desejo como litoral e eu, que nunca deixei o desejo como o interior para chegar, finalmente, ao litoral. quando vi o litoral e os juntei, qual maravilha por inventar, tive a certeza de que tudo estava no certo lugar: o tal lugar que eu sempre vi só porque senti. eu sinto coisas, serão as fadinhas que me vigiam e alentam.
não posso dizer que correu mal. mas de tudo o que já vi, e vou vendo, onde vai buscar tantos corpos digitais, serão nados-mortos?, pergunto-me eu que sou a trenguinha dos canaviais.
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