não deveria ser assim mas a falta que o computador me faz, a internet no computador. como se a ligação ao mundo, ao mundo que me interessa, a ele, dependesse de uma rede sem fios. porque se não fosse isso, era para o lado que dormia melhor, queria lá saber, não falta com o que me entreter. mas a questão é mesmo essa: não me é entretenimento, é-me portento.
e depois tem sido um trinta e um para me conseguir ligar, até sinto orgulho de mim, trocas e baldrocas, engenhocas, carrego aqui e ali e além, irrito-me, depois inspiro e expiro, conto cabrões em vez de carneiros e lá dá, passo do telemóvel para aqui a putéfia da rede. é que não percebo mesmo nada disto, não sei como funciona e nem sequer quero saber. depois quando estou aflita arrependo-me por não querer saber mas são apenas uns breves segundos de arrependimento porque logo me dá a comichão. definitivamente não quero saber. só quero mesmo é que amanhã de manhã venham cá, como está marcado desde os foguetes monstruosos do santo joão, se tem jeito o santo a levar com foguetes, dos peidos fogem mas dos foguetes gostam, cambada de malucos, como estava a dizer que venham arranjar tudo. e depois posso novamente esquecer os botões do telemóvel e as procuras de redes e essas coisas chatas e horrendas e abomináveis.
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