consta-se que as mulheres, não todas pois claro - em tudo existe excepção -, têm dificuldades no imediatismo de distinguir a direita da esquerda. curiosamente, nos meios mais rurais esta dificuldade também se estica aos homens que substituem a indicação das direcções por um simples vira ao para cima ou vira ao para baixo, deixando o viajante com os olhos na direcção da ponta do nariz. cheguei à conclusão que este erro, e não digo falha por não se tratar de um defeito, um erro é um pequeno desacerto, tem que ver com a verdadeira essência feminina que é, por natureza, não facciosa, não discriminadora, apartidária, atemporal, atavista. há homens, por isso, mais femininos do que outros apesar de todos terem uma costela espititual de mulher. (está bem, alguns possuem apenas uma célula - são os que eu chamo de machos, não latinos, ladinos: uns mijões de gente.)
o que eu quero mesmo dizer é que estar perante uma mulher que confunde direita com a esquerda de forma espontânea é ter perante si a raça pura do feminino no que o feminino tem de melhor. eu, por exemplo, tenho de simular o jeito de pegar num lápis a escrever para acertar depois de errar - é que o erro está lá, de outra forma não precisaria pegar no lápis invisível.