na sala de espera do hospital, ontem, uma criança para a outra:
clarinha, clarinha, queres vir comigo à casa de banho?
clarinha, clarinha, queres vir comigo à casa de banho?
clarinha, clarinha, queres vir comigo à casa de banho?
(repetir aí mais umas trinta e cinco vezes seguidas para sentir o verdadeiro efeito)
na mesma sala do hospital, ontem, uma criança que há em mim para outra criança que há em mim. em silêncio:
porquê que não se metem as duas dentro da retrete à espera que venha um cagalhão colorido armado em chupa-chupa fazer-vos felizes e caladas?
(repeti aí umas cinquenta vezes. é que a iteração por vezes torna a fantasia real o que, lamentavelmente, não aconteceu)
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