quinta-feira, 7 de março de 2013

prioridade no cemitério

os potes, aquelas jarras estranhas das campas, são disfuncionais: aquela coisa com buracos por onde devem ser metidas as flores, onde cabe um dedo mindinho, é boa para esconder - que foi o que fiz. as flores ali apertadinhas, encostadas umas às outras, e aos verdes, sem conseguirem sequer espreguiçar-se. na campa da minha mãe e da minha avó não há cá repressão, pensei, e a minha tia que me perdoe ter escondido a coisa. e ter partido oum vidro. e ter mudado o retrato do sítio. mas é que eu tenho prioridade: ela lá só tem a mãe e a irmã e eu tenho a mãe e a avó e uma fatia grossa do meu coração.



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